Contra fatos, não existem argumentos

Publicado em 23 / abril / 2009 |

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A história recente de nosso município nos traz fatos relacionados com o final de cada Governo que reflete diretamente o perfil de cada administrador. Era comum, até então, prefeitos deixarem o Paço Municipal com marcas que o perseguiriam durante toda a sua trajetória política pós poder público.

A história confirma que mesmo sendo práticas inaceitáveis já estava tornando-se comum em todo fim de governo os prefeitos deixarem restos a pagar sem dinheiro em caixa, maquinários sucateados e ainda prédios públicos em péssimas condições de manutenção.

O que se viu no final do Governo 2005-2008 foi uma realidade totalmente diferente. Por maisque insistem em encobrir uma situação positiva com argumentos que ultrapassam o limite do bom senso, inclusive, citandas certas situações como “herança maldita”, é preciso reconhecer: a administração que se findou deixou um marco na história de Guaíra.

Não quero aqui, neste primeiro momento, citar os avanços administrativos do Governo do Partido dos Trabalhadores, mas sim divulgar informações oficiais importantes que até então eram guardadas a sete chaves pela atual administração como forma de ter argumentos para manchar uma bem sucedida aplicação dos recursos municipais.

Antes desta análise dos fatos, gostaria de citar ao leitor que tais informações oficiais, ou seja, partiram o ofício 295-09, de 8 de abril de 2009, assinado pelo atual prefeito municipal, em resposta a solicitação de informações do vereador do PSB José Antônio Lopes.

Enquanto os opositores a administração passada gostam de gritar aos quatro cantos que existem maquinários sucateados, a herança da Avenida 5, acabam esquecendo que no exercício de 2008 obteve-se disponível um grupo ativo de R$ 7.565.961,63 (sete milhões quinhentos e sessenta e cinco mil,  novecentos sessenta e um reais e sessenta e três centavos) que descontados o valor da dívida flutuante (saldo do passivo financeiro) de R$ 2.848.268,53 (dois milhões, oitocentos e quarenta e oito mil, duzentos e sessenta e oito reais e cinqüenta e três centavos), a prefeitura obteve um superávit financeiro do exercício de 2008  na importância de R$ 4.717.693,10 (quatro milhões, setecentos e dezessete mil, seiscentos e noventa e três reais e dez centavos).

Estes mais de R$ 4 milhões foram os recursos deixados pela administração anterior, incluindo recursos da Saúde, recursos vinculados a convênios e da Educação. Retirando estes valores, onde o atual prefeito não pode fazer alterações, chegamos ao valor de R$ 3.550.654,00 (três milhões e cinqüenta mil, seiscentos e cinqüenta e quatro reais) deixados pelo Governo anterior para que a administração atual possa utilizar como bem entenda.

Pode ser considerado comum deixar máquinas sucateadas, como aconteceu com o atual prefeito quando o mesmo deixou a prefeitura em dezembro de 2004, mas não é comum e é exemplo de competência administrativa deixar valores para o governo que se inicia. Por isso temos que reconhecer os méritos do ex-prefeito Sérgio de Mello e sua equipe de secretários que governou Guaíra com responsabilidade, ética, honestidade  e principalmente respeito ao dinheiro público.

Como disse no início, contra fatos não existem argumentos. Não existem argumentos contra o que foi deixado pelo Governo anterior, muito menos os valores que a atual administração herdou. Agora, cabe ao  Poder Executivo utilizar estes mais de R$ 3 milhões em favor da comunidade.

O correto seria, sem dúvida, iniciar um governo com respeito ao anterior, principalmente quando este contribuiu para o bom início de uma administração deixando “casa em ordem”. Se o atual governo deixar a prefeitura da mesma forma que o anterior, com certeza o futuro prefeito de Guaíra terá mil razões para agradecê-los.

Maria Aparecida Silva Armani, a Cida Armani, é vereadora do Partido dos Trabalhadores.